
... muitas, muitas vezes é assim que acontece!
Sem começo nem fim.
A emoção vem como avalanche e sorrio,
choro,
sigo
ou me sento e fico olhando o Nada imenso a minha volta...
Passo por uma rua, já é noite e não há ninguém por ali.
Vejo por uma vidraça um retrato na parede de uma sala ampla e vazia.
No retrato há um sorriso!
Ah... que saudade daquele sorriso!
E meu coração dá saltos, virá do avesso!
Minha Alma meio que sai do corpo.
Voa buscando caminhos que me digam onde os encontrar...
Mas continuo andando!
Meus passos diminuem.
Quase paro.
Queria mesmo parar.
Entrar... me deixar no silêncio das vozes que com os ouvidos da Terra já não ouço mais.
Quem sabe passar uma noite inteira... ali, naquela sala, olhando aquele retrato.
Naquela casa moraram grandes Afetos!
Hoje, em outras Paragens, ainda grandes Afetos, fazem com que eu me desfaça em saudades!
Que bom!
Já aprendi que nessa vida não preciso mais conviver para amar tanto!
Estive tão pouco com esses Afetos, tão únicos,
que posso contar nos dedos as vezes que os encontrei.
Mas está tudo aqui... dentro de mim.
... muitas vezes é assim que acontece!

