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domingo, 10 de abril de 2011

Apelo à Dor

Apelo à Dor





 
(Enxaqueca)
Dor, por que me invades assim a Alma
Latejando por tantas noites e tantos dias?
Não me deixas ver o brilho das estrelas
Sequer o por do sol.
Não me deixas ouvir o barulho das fontes
Nem o riso das crianças.
Penso no tanto de tempo que estamos juntas...
Dor... tu sabes quem é o Tempo?
Será que para ti tem ele algum sentido?
Muito já aprendi contigo
Principalmente a calar e sofrer sozinha.
Quem poderia mensurar o que tanto dói em mim?
Mas tu insistes em chegar,
Endurecendo meus olhos que mal se podem abrir,
Obrigando-me a ficar fora da Luz,
Na pesada companhia de minhas próprias Sombras,
Fazendo-me surda de fato porque de nenhuma maneira posso ouvir.
Sou sua refém e sinto-me obrigada a calar minha própria voz
Porque falar aumenta em mim teu sentir.
Doem ossos e carnes.
Dói tanto viver assim!
Tantos anos já se passaram
E tu aqui
Presente
Fiel a mim.
Rendo-me a tua força e ao teu poder.
Rendo-me a tua persistência.
Preciso continuar contigo a aprender.
Rendo-me a tua chegada
Porque chegas e desapareces quando bem tu decides.
Rendo-me a tua realidade
Porque sonho,
Infelizmente,
Tu não és.
Devo-te fazer minha Amiga?
Será isso?
Ah...
Gostaria tanto de uma trégua...
Ou de um sono mais longo
Sem que eu acordasse com o teu pulsar dentro do meu crânio.
Será meu esse crânio?
Ou será o teu favorito Castelo
onde Tu brincas e aprendes com todo o meu Pensar?
Mostra-me tua face
Dor tão antiga
Deixa-me conhecer tua expressão!
Tu ris
Ou choras comigo?
Como confiar em ti sem Ver tu quem de fato és?

Publicado no Recanto das Letras em 12/07/2008, com o pseudônimo de
Elizabeth Almeida Dana

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